Desenvolvido pelo professor Antônio Francisco Ramos, com a participação de estudantes do curso de Licenciatura em Matemática do Campus Angical e professores da Rede Pública de Ensino de Angical e Regeneração, o projeto Sankofa está realizando as atividades de culminância da ação neste mês de novembro.

O projeto é uma atividade de extensão, com caráter educativo que alia conhecimentos da Matemática, da História e da Pedagogia, para a produção de jogos africanos e afro-brasileiros que possam ser utilizados como instrumento de educação para as relações étnico-raciais.

Na quarta-feira, 23, houve uma atividade, nos turno da tarde e da noite, nas escolas parceiras em Angical. Foram realizadas rodas de conversa sobre o Dia Nacional da Consciência Negra, com a participação dos professores Francisco Ramos (Campus Angical), João Viana (Escola Municipal Irismar Freitas) e Rinaldo Pevidor Pereira, autor do livro "Mancala: jogo africano no ensino da Matemática". Houve também um Festival de Jogos Africanos, com partidas de Netxuva, Yoté e Shisima, além da distribuição de lembranças e relato de experiências de professores e alunos.

Nessa sexta, 25, foi realizada uma outra atividade na Escola Municipal José Cavalcante, em Regeneração, organizada pelo professor Lucas Alencar. Os dois eventos contaram com a presença de estudantes, professores e das comunidades locais.

O Sankofa já deu origens a diversos Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC) sobre jogos matemáticos africanos de tabuleiros, como a Mancala e a Tambureta.  "Vários professores dessas escolas aplicam "jogos de tabuleiros de origem africana como materiais didáticos no ensino de matemática contextualizado nos aspectos culturais, históricos e sociais na produção do saber, com destaque para os jogos Netxuva, Shisima e Tarumbeta", comenta professor Antônio Ramos.

Ele acrescenta que o projeto também está presente em Teresina, com oficinas de capoeira, que acontecerão em dezembro, no Campus Avançado Dirceu Arcoverde e na Escola Municipal Ubiraci Carvalho.