Foi realizado no dia 04 de setembro, no auditório do Campus Campo Maior, o projeto MEC (Meditar, Educar e Cantar), que tem por objetivo unir a qualidade do ensino com a qualidade de ser dos alunos do ensino médio integrado e dos cursos técnicos.

“A dicotomia ou divisão entre o educar e o ser produz a sensação de incompletude, gerando o consequente desinteresse pelo saber”, explicou o organizador do evento, professor Flávio Cristiano.

 O evento teve a participação do pedagogo, pós-graduado em teologia e escritor, Alexandre Campelo, e tratou não de um resgate terapêutico frente as fragilidades do corpo discente contemporâneo, mas do reencontro consigo mesmo em sentido junguiano (o Self, a essência que é a Fonte na qual podemos nos reabastecer).

“Esse reencontro é possível e imprescindível, fundamental mesmo se é que desejamos a autêntica qualidade de ensino capaz de cumprir o papel de educar para a vida com todos os seus meandros”, falou o organizador.

“Quando não sabemos quem somos, o que somos e, o que estamos fazendo neste plano de relatividades, incompletos em nós mesmos, o educar se torna uma tortura, uma obrigação divorciada da essência, a mesma que tanto buscamos”, comentou Alexandre Campelo.

 “A experiência desse evento no IFPI, durante o período vespertino, meditando, contando histórias e cantando com cerca de oitenta alunos, foi não apenas gratificante pela proposta em si e suas práticas, mas a oportunidade de perceber - nos semblantes dos educandos -, em seus olhares e sorrisos, nos abraços que nos cativaram ao final, a resposta positiva.  Ao ouvir o depoimento de alguns que, em casa, já praticam a meditação e o canto graças ao incentivo do professor, chegamos à conclusão de que, de fato, a necessidade de tal projeto que, agora, é piloto, urge em todos os campus sejam eles acadêmicos ou, dos ensinos mais fundamentais”, finalizou Flávio.