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Dirceu tem programação comemorativa do mês da Mulher
O Campus Dirceu realiza essa semana o Projeto de Extensão Março com Elas: Realidades e Desafios.
Ontem, 8, Dia Internacional da Mulher, o campus realizou a palestra “Mulher atual: Poderosa, Empoderada ou Feminista?”, ministrada pela advogada atuante em direito civil, Belzany Sudário de Oliveira, relembrou o poder da mulher na sociedade e também a sua luta para alcançar a igualdade de gênero, oportunidades iguais, garantia de saúde, segurança e liberdade em cenários de violência e pleno controle da vida.
Em seguida o professor Ariclenes Freitas, agrônomo da Secretaria Municipal de Produção Agropecuária – SEMP, apresentou o projeto de hortas comunitárias sustentáveis do bairro Dirceu, que contempla a geração de emprego e renda para horticultores, melhoria do alimentar para as famílias da periferia da cidade e o aumento da oferta de hortaliças em Teresina.
Na manhã desta quarta-feira, 9, a programação continuou com capacitação relativa ao combate à violência contra a mulher para os servidores da instituição.
Foram ministradas palestras por Dra. Alynne Patrício de Almeida Santos, defensora pública do Estado do Piauí, e Dra. Anamelka Albuquerque Cadena, Delegada da Polícia Civil e atual Diretora da Agência de Regulação dos Serviços Públicos do Estado do Piauí.
As atividades de hoje contaram ainda com a presença do Pró-Reitor de Ensino, Odimógenes Soares Lopes, da Diretora de Ensino Técnico, Nalva Maria Rodrigues, e da Diretora de Políticas Pedagógicas, Orideia Lima. “Ações como essas são de grande relevância ainda mais considerando o aumento dos índices de violência contra a mulher. É papel das instituições de ensino debater e conscientizar a comunidade estudantil acerca da legislação relativa ao tema”, destacou o Pró-Reitor de Ensino.
Abordando em sua palestra a prevenção da violência contra a mulher, Alynne Patrício ressaltou o papel relevante da Lei Maria da Penha para a redução dos casos de assassinato contra as mulheres. “A lei ajudou a reduzir em 10% os casos de assassinatos contra mulheres. A lei protege não apenas da violência física, como também da violência psicológica, moral, sexual e patrimonial. Pelo papel fundamental na sociedade brasileira, é reconhecida pela ONU como uma das três melhores legislações do mundo no enfrentamento à violência contra a mulher”, afirmou a defensora pública.
Já Anamelka Cadena abordou a temática da violência contra a mulher sob o aspecto das ocorrências policiais. A delegada destacou que o medo é o maior motivo para as mulheres não denunciarem a violência que sofrem e que, a cada 24 horas, quatro brasileiras são vitimas de feminicídio. A palestrante enfatizou ainda que a criação do 1º Núcleo Policial Investigativo do Feminicídio, em 2019, deu início às boas práticas policiais de repressão à violência contra a mulher no Piauí.
Liana Marreiro, Diretora Geral do campus, afirmou que o projeto visa promover a reflexão de servidores sobre a abordagem dos mecanismos de assistência à mulher em situação de violência doméstica e familiar, as medidas protetivas e os meios para o registro de denúncias.
A Diretora pontuou ainda que a iniciativa atende às orientações da Pró-Reitoria de Ensino do IFPI, para incluir conteúdo sobre a prevenção da violência contra a mulher nos currículos da educação básica, em atendimento à Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei no 14.164, de 10 de junho de 2021, que altera a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996). As servidoras e palestrantes receberam ainda brindes e participaram de um coquetel de encerramento das atividades.