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NEABI em Picos promove evento sobre culturas indígena e afro-brasileira

publicado: 23/11/2023 11h46 última modificação: 23/11/2023 14h46
Exibir carrossel de imagens O evento fez parte da III Semana da Consciência Negra Integrada do IFPI

O evento fez parte da III Semana da Consciência Negra Integrada do IFPI

O Núcleo de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas (NEABI) do Campus Picos do IFPI realizou, nessa quarta-feira, 22, o evento “Saberes sobrenaturais: as culturas indígenas e afro-brasileiras e suas visões de natureza”. Sob a coordenação da professora Aurine Carvalho Rocha, o evento fez parte da III Semana da Consciência Negra Integrada do IFPI.

A programação da atividade contou a exposição Etnobotânica, com curadoria da professora Lucilene Lima dos Santos Vieira, que teve como objetivo mostrar plantas, conhecimentos e usos tradicionais a partir das interações do povo preto e indígena. As ilustrações foram realizadas pelos alunos dos terceiros anos que estudaram as plantas que são usadas tanto em rituais religiosos quanto em usos medicinais.

“Esses usos são ancestrais e muito da cultura africana fusionou-se com a cultura indígena fazendo com que, no Brasil, tenhamos uma vasta catalogação de plantas que engloba o estudo etnobotânico. Isso vai além do conhecimento das plantas, mas principalmente discutir a forma como nós nos relacionamos com a natureza, visto que a etnobotânica é ciência na qual se estuda a interação do homem com as plantas e seus usos tradicionais, destacando o uso e as informações obtidas a respeito das plantas medicinais”, disse Lucilene Lima.

A programação seguiu com o transplante do Baobá, mediado pelo professor Janio Tavares Leite Macedo, que fechou o evento com a interação e a participação da comunidade acadêmica. O Campus Picos, por meio do NEABI, recebeu duas mudas de Baobá ofertadas pelo GRUNEC/Terreiro das Pretas, de Crato (CE). Uma delas para ser transplantada no campus e outra para ser doada a uma comunidade quilombola.

"Os novos Baobás, fincados em solo piauiense, indicarão para toda a comunidade ifpiana um símbolo na luta antirracista, uma vez que se acredita que o Baobá representa a resistência do povo africano", comentou a integrante do NEABI do campus, Ana Karina Sampaio.

Tanto os organizadores do evento quanto os membros dos NEABI avaliam como positiva a aceitação da temática. "É necessário e diário o combate ao racismo no ambiente escolar, visto que é preciso e desafiador formar a sociedade para a convivência étnico-racial de forma respeitosa, inclusiva e que celebre a pluralidade e a diversidade cultural do nosso país", finalizou Ana Karina.