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Estudantes do IFPI se classificam em maratona na área de tecnologia
Estudantes do curso de Tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sistemas do campus Teresina Central do Instituto Federal do Piauí se classificaram na primeira etapa da maratona “Hackathon – Tecnologias Disruptivas para Segurança Pública”, promovida pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública. Os projetos foram realizado em parceria com o Núcleo de Ciências Aplicadas à Segurança Pública (DataSSP), da Secretaria da Segurança Pública do Estado do Piauí.
Os estudantes, juntamente com uma equipe da Secretaria de Segurança Pública e professores e diretores do Campus Teresina Central, participaram de reunião com o reitor do IFPI, Paulo Borges da Cunha, nesta sexta-feira (31) no gabinete da Reitoria.
O reitor destacou que a participação e a classificação dos estudantes nesta maratona evidencia o talento e a dedicação dos estudantes como também o papel do IFPI comprometido com a inovação, a pesquisa aplicada e o impacto social. “A segurança pública é um dos grandes desafios da nossa sociedade, e ver nossos estudantes utilizando a tecnologia para buscar soluções eficientes e inovadoras demonstra a relevância do ensino técnico e superior na construção de um país mais seguro e sustentável. Essa conquista reflete o esforço conjunto de alunos, professores e toda a comunidade acadêmica, que se dedica diariamente para transformar conhecimento em ação”, disse.
O gerente de Sistemas da DINTE da SSP/PI, Joaquim Carvalho, relatou sobre a importância de parcerias entre as diversas instituições públicas para que juntas possam desenvolver iniciativas que melhorem a vida da população com uma segurança pública mais eficiente e tecnológica.
O diretor de ensino do Campus Teresina Central, Francieric Alves, ressaltou o excelente desempenho de estudantes em competições nacionais e a excelência do curso no campus. “Parabenizamos os nossos estudantes pelo excelente desempenho, agradecemos a parceria com a Secretaria de Segurança Pública e reiteramos o compromisso do IFPI em continuar apoiando iniciativas que estimulem a criatividade, a pesquisa e o protagonismo dos nossos alunos, destacou.
As equipes se classificaram com soluções tecnológicas em dois dos três desafios apresentados para competição.
No Desafio 1 (Plataforma de colaboração entre cidadãos e polícia), que possui o objetivo de criar uma solução que permita o envio de informações, fotos e vídeos diretamente para a polícia, contribuindo para investigações de crimes em tempo real, classificaram-se os seguintes projetos:
A equipe do projeto Sigred conquistou o 6º lugar ao desenvolver um sistema que coleta, organiza e agrupa denúncias, por meio de inteligência artificial e processamento de linguagem natural e assim permite que os operadores acessem um conjunto maior de informações facilitando a destinação das ocorrências para os órgãos especializados.
O projeto ‘Sinteia’ conquistou o 7º lugar com um protótipo que correlaciona denúncias anônimas com boletins de ocorrência sob investigação. A proposta visa identificar padrões e conexões entre os casos para facilitar o trabalho das autoridades.
No Desafio 2 (Sistema de rastreamento de objetos roubados), os participantes devem desenvolver uma ferramenta que permita aos cidadãos registrar itens roubados, incluindo descrições detalhadas e fotos, facilitando a recuperação desses objetos pela polícia.
Nele, a equipe do projeto Rasor obteve o 6º lugar, com um sistema de objetos roubados (Rasor) que combina blockchain (tecnologia para rastrear e monitorar materiais) e inteligência artificial para otimizar o rastreamento e a recuperação de objetos roubados, oferecendo segurança, transparência e agilidade. Por meio de um cadastro, o cidadão registra seus bens no sistema, com informações detalhadas e uma ID única armazenada em blockchain, garantindo a imutabilidade dos dados.
As soluções desenvolvidas devem ser baseadas em software livre licenciados. Ou seja, os códigos fonte devem estar abertos para garantir a liberdade de uso, a distribuição e a modificação do software.
Sobre o Hackathon de Segurança Pública
Promovido pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), o Hackathon tem como objetivo incentivar a criação de protótipos tecnológicos voltados à melhoria das políticas públicas de segurança. Os projetos devem atender a desafios estratégicos como a integração entre cidadãos e polícia, rastreamento de objetos roubados e saúde mental dos agentes.
Próxima etapa
A 2ª etapa será realizada, presencialmente, entre os dias 18 e 20 de março de 2025, em Brasília. Nessa fase, as equipes classificadas terão a oportunidade de aprimorar seus protótipos e apresentá-los a uma comissão julgadora. Os critérios de avaliação incluem inovação, impacto, funcionalidade e escalabilidade, entre outros.
Premiação
Os vencedores serão premiados com um total de R$ 52,5 mil, distribuídos entre os três primeiros colocados de cada desafio. O pagamento será feito diretamente pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública.