O Instituto Federal do Piauí, por meio do Núcleo de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas (NEABI), intensificou, nesta segunda-feira, 20, as atividades da III Semana da Consciência Negra - Por uma educação antirracista: dos marcos legais às vivências.

No auditório Maestrina Clóris de Oliveira do Campus Teresina Central houve a mesa-redonda “Religiosidade afro-brasileira”, presidida pela professora Luciana Farias, do Campus Dirceu, que dialogou sobre as realidades do Brasil. “Estou aqui para abordar como percebemos as religiões de matriz africana, que buscamos compreender em um país tão miscigenado, e essa miscigenação deriva de muitas violências, mas é parte da nossa formação, enquanto povo brasileiro”.

Para Luciana, é preciso enfrentar o racismo todos os dias porque está na estrutura de formação da sociedade brasileira. “As religiões de matriz africana foram abafadas violentamente e o povo preto foi buscando estratégias para cultuar os seus orixás”.

No local também foram abordados os espaços de terreiros, com a Mãe Joyce, Mãe de Santo do terreiro Boa Esperança. “Sou muito rica de paz e de alegria. Eu tenho meu terreiro há mais de 30 anos. Lá eu recebo meu povo que chega com quebranto para eu rezar”.

Durante o evento houve ainda manifestação cultural, com o trio Brilho das Águas, além de participação do filho de santo, Leandro, membro do Diretório Central dos Estudantes, que abordou a intolerância religiosa.

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