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Estudantes de Engenharia Civil desenvolvem placas em Libras para laboratórios

publicado: 19/02/2025 10h31 última modificação: 19/02/2025 16h02

Estudantes de Engenharia Civil do Campus Teresina Zona Sul desenvolveram placas em Libras para laboratórios do curso. O projeto foi idealizado por estudantes, com apoio da professora Maírla Teles e do Núcleo de Atendimento às Pessoas com Necessidades Específicas (NAPNE), com o  objetivo de criar sinais na Língua Brasileira de Sinais para cada equipamento dos laboratórios utilizados no curso: topografia, saneamento e solos.

As placas são em MDF e foram desenvolvidas no laboratório do próprio campus, no espaço InovaMaker, em uma impressora a laser, com participação dos idealizadores do projeto e da aluna surda, Maria Thassyane, integrante do projeto. Elas contêm a logomarca da instituição, um QR code, para acesso e visualização do sinal, o nome do equipamento e o sinal em Libras correspondente.

Estou muito feliz com esse projeto, vai ajudar muito a comunidade surda no Campus Teresina Zona Sul. A acessibilidade ofertada pelo NAPNE e a iniciativa do Miguel, podem ajudar os surdos a aprenderem e se sentirem mais pertencentes no campus. Eu sou surda e me sinto muito feliz com a inclusão, isso é muito importante pra mim e pra comunidade surda. Possivelmente, os professores e alunos poderão estar aprendendo a Libras para se comunicar melhor com a comunidade surda”, relata a aluna Maria Thassyane.

Um dos idealizadores do projeto, o estudante Ângelo Miguel Martins dos Santos acrescenta que a comunidade surda do IFPI precisa de acessibilidade, e pensar nisso é incluir esses estudantes em todas as atividades do campus, sem nenhum tipo de discriminação. "Podemos conseguir, através da Libras, a criação de sinais para cada aparelho de todos os laboratórios", destaca.

A coordenadora do NAPNE, Catarina Angélica, explica a importância de projetos como esse na instituição: “O Napne abraçou esse projeto, pois acrescenta bastante ao nosso Núcleo, nos proporciona oportunidades em repensar nos outros laboratórios. Devemos garantir práticas inclusivas para que todos tenham direito a um ambiente acessível e acolhedor. Atualmente, nosso campus é referência na educação para surdos, contamos com 10 alunos e um quadro de tradutores e intérpretes de Libras, que são essenciais na educação dos nossos alunos surdos. É essencial que toda a comunidade acadêmica esteja envolvida nos projetos de inclusão social.”

Nós estamos apresentando uma parte do projeto dos alunos de engenharia civil que consiste em apresentar as placas de identificação do laboratório de solos e topografia em Libras para que os professores possam aprender e auxiliar nossos alunos surdos, como a Thassyane, nossa primeira aluna surda do Piauí. Esse projeto irá ajudar muito no nosso projeto de inclusão nossos alunos do Napne e também incluir para o aperfeiçoamento e aprendizagem dos nossos servidores", complementa Germano Moura, diretor-geral do Campus, sobre a relevância da acessibilidade aos alunos surdos.